Um pouco de enredo:
Mais de cem anos atrás apareceu um predador para a humanidade. Gigantes com a aparência de humanos em graus diferentes de deformação chamados de titãs. Aparentemente não possuem inteligência e apresentam uma grande fome de carne humana. Em decorrência de seu tamanho e à força absurda, a humanidade, quase inteiramente dizimada, viu-se obrigada a se refugiar em uma região onde construíram três grandes muralhas com cerca de 50 metros de altura, bem mais altas que os temidos titãs.
As muralhas construídas: Maria, Rose e Sina.
Durante 100 anos as muralhas jamais cederam, fazendo com que a humanidade quase se esquecesse da existência dos titãs e vivesse em paz. Em todos estes anos de quietude foram desenvolvidos aparatos que permitem às pessoas conseguirem quase que literalmente voar a chegar a grandes altitudes, naturalmente para combater a ameaça que se encontrava do lado de fora. Várias classes de soldados foram criadas, sendo que a maioria cuida da proteção interna das muralhas, e apenas uma se dedica a se aventurar para fora das muralhas em expedições de altíssima periculosidade com o intuito de tentar descobrir mais sobre os titãs e responder perguntas, como o que eles são, de onde vieram, por que comem pessoas e etc.
Tropa de Exploração atacando um titã.
Devido ao século de paz, o Governo Real declarou que manifestar interesse no mundo exterior é considerado um tabu. Qualquer um que aja contra tal conceito é considerado louco. Somente poucos, como o protagonista Eren Jeager, não se contentam com a situação e querem ir para fora em busca de respostas, pois nada garante que as muralhas que os rodeiam nunca serão transpassadas. Segundo seus próprios pensamentos, o povo vivendo calmamente em reclusão, apenas esperando o abate, não é diferente de gado.
E eis que o dia fatídico finalmente chega.
Titã colossal observando a cidade.
Aspectos Técnicos
Produzido pelo estúdio WIT (que faz parte do grande estúdio Production I.G.), a qualidade da animação está garantida. Movimentos fluidos e bem trabalhados, principalmente nas cenas de ação, ótimo uso de CG integrado à animação 2D. Os cenários e demais efeitos são igualmente belos e agradáveis de ver.
O design dos personagens é outro destaque, com traços fortes, imitando um pouco a estética do mangá, apesar de no animê ficar mais bonito.
A parte musical também é ótima, com ótimas músicas de abertura e encerramento e as trilhas de fundo durantes as cenas ajudam a passar muito bem a emoção que a situação pede.
Com certeza o que mais me motivou a assistir este anime e não acompanhar o mangá foi quando fiquei ciente de que a direção estava a cargo do competentíssimo Tetsuro Araki, o mesmo de Death Note, Guilty Crown, Highschool of the Dead. Ele é especialista em conferir mais dinamismo e dimensão às cenas importantes, deixando tudo mais emocionante e impactante.
Falando no geral...
A história não é complexa, mas é bem executada, conseguindo sempre fazer o expectador ter vontade de assistir mais. Tenha certeza de que há altas chances de você viciar nesta série logo depois do episódio 1! É raro um anime de apenas 4 episódios lançados (até o fim desta postagem) conseguir esta façanha. O anime tem um bom equilíbrio entre drama, comédia e ação, sendo sempre movimentado.
Os personagens são outro ponto positivos. Todos possuem uma motivação diferente e bem definida, assim como suas personalidades, bem marcantes. É bem interessante como o autor dá bastante espaço e atenção para os personagens secundários, variando no foco. Depois de muitos Bleach da vida, onde só o protagonista faz algo que preste, é reconfortante ver algo como Shingeki no Kyojin.
É bom ver como o autor (Hajime Isayama) não se rende ao esteriótipo, como outros mangás shounen. Nenhum dos personagens é completamente clichê. Além de suas características principais, eles sempre tem um algo a mais para diferenciá-los. Bato palmas também pela decisão de Isayama em trabalhar bem as mulheres em Shingeki. Nada De Orihimes, Saoris, Hinatas, não. Todas possuem personalidades fortes e presença, sendo responsáveis pelos momentos mais memoráveis até agora envolvendo os personagens secundários, coisa raríssima de se ver.
Como curiosidade...
O autor do mangá, Hajime Isayama submeteu Shinkegi no Kyojin à Shonen Jump, mas foi rejeitado. Então acabou migrando para a Bessatsu Shounen Magazine, onde virou um grande sucesso. Sinceramente, acho que foi até melhor para a obra, pois na Jump ele precisaria seguir um padrão rígido e limitado, nos moldes dos demais mangás Shounen de sucesso de lá. Na nova revista o autor possui toda a liberdade para fazer o que quiser com sua história e expor toda a sua criatividade.
Para finalizar
Informo que só li o mangá até a parte correspondente ao episódio 4 do animê, mas em minha opinião o anime se saiu bem melhor, tanto nos gráficos como na emoção passada. O animês contará com 25 episódios e talvez tenha um final alternativo, pois o mangá ainda está em publicação e conta com 10 volumes até o momento.
Se você anda pensando qual anime você vai acompanhar agora, não perca tempo e ASSISTA Shingeki no Kyojin, é uma boa pedida.
Ah, e faça o possível para assistir na melhor qualidade possível, pois será bem melhor para apreciar os belos gráficos.
Ah, e aviso que todo sábado à noite tem episódio novo de SHingeki no Kyojin no anitube. Fiquem ligados :)
É isso. Até a próxima.
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EDIT
Acabou de lançar o episodio 5 e devo acrescentar mais um motivo para você assistir: É IMPREVISÍVEL!! Meu Deus, nunca imaginava um negócio desses. Se querer saber o que, assistam, sério. O_O
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