quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Segredo da Pokébola GS - Admita, Você Sempre Quis Saber

Lá estava você na sua infância assistindo mais um episódios da segunda temporada de Pokémon, quando em certo momento o professor Carvalho pede que Ash visite sua amiga, professora Ivy para que pegue com ela uma pokébola dourada e misteriosa que não abria de jeito nenhum.

Sim, estou falando da famigerada Pokébola GS!



Caso não recorde da história, vou refrescar sua memória. Caso você não tenha nascido nesta época, explicarei também sobre a polêmica envolvendo a  Pokébola GS.

A tal da professora Ivy, amiga do Professor Carvalho encontrou a tal pokébola misteriosa. Ela era indestrutível, não abria de jeito nenhum e sem falar que a aparência dela era diferente das pokébolas conhecidas. Então a professora queria mandar a bola para que o professor Carvalho pudesse analisá-la. Mas havia mais um problema. Além de todas as características anteriores, a pokébola também não podia ser teletransportada pelas máquinas transportadoras de pokébolas. Por causa disto, era necessário que alguém fosse até a professora Ivy, que estava na ilha Valência pegasse a pokebola e a entregasse ao professor.



Adivinhem quem o professor encarregou desta tarefa.. =p

Exatamente. Depois da derrota na Liga Pokémon de Kanto, Ash voltou para a cidade de Pallet e ficou a cargo de ser o garoto de entregas.

Depois de uma viagem conturbada, Ash, Misty e Brock (e Pikachu) se encontram com a professora Ivy, que lhe entrega a pokébola GS. Brock decide ficar no laboratório com a professora e Ash e Misty fazem a viagem de volta. Devido a um acidente de percurso, ambos ficam presos nas Ilhas Laranjas e Ash descobre sobre a Liga Laranja e decide participar antes de levar a pokébola ao professor.

Depois de Ash vencer a Liga Laranja e volta novamente para casa, a pokébola GS finalmente chega às mãos do professor Carvalho, que começa a analisá-la.

Neste meio tempo, Gary, o rival de Ash também retorna e ambos batalham. Ash perde e descobre que Gary participará da Liga Johto. Ash então decide partir para a região Johto. Aproveitando tal fato, o professor Carvalho dá mais uma tarefa ao menino que nunca cresce: entregar a pokébola GS ao artesão de pokébolas Kurt, que mora em Johto, pois ele teria mais recursos para analisar o misterioso objeto esférico.



Depois de um tempo e muitos episódios inúteis depois, Ash finalmente encontra o tal Kurt das bolas e entrega a pokébola GS. A partir daí o velho fala que vai ficar estudando a pokébola por tempo indeterminado.

E esta foi a última vez que se ouviu falar da pokébola GS no anime. Até hoje, o desenho tendo passado dos 600 episódios, ela nunca mais foi sequer citada de novo, deixando todos os espectadores com a eterna dúvida "afinal, o que tem dentro da pokébola GS?". A mior especulação logo no início da Liga Laranja era que se tratava de um Celebi, pokémon #251.



Como nunca apareceu no anime, ninguém poderia saber, certo? Errado.

Depois de quase 10 anos depois o mistério foi revelado nos bastidores.
Um site especializado em pokémon entrevistou o diretor do anime, e uma das perguntas foi exatamente sobre o segredo da pokébola GS.

Bom, vou começar logo revelando o que havia nela. Como muitos suspeitavam... sim! Havia (ou há) um Celebi dentro dela.

O quê? Como? Por quê?

Vou explicar.

Para a saga da Liga Johto havia sido planejado um grande enredo envolvendo a resolução do mistério da pokébola GS e de Ash & Cia descobrindo o que havia dentro dela (o Celebi). Certo, tudo corria bem até que chegou na época do quarto filme de Pokémon.

E o que o filme tem a ver? Bom, caso não saiba, cada filme de pokémon tem como foco um pokémon raro que está em alta no momento. E adivinhe qual pokémon escolheram para ser o foco do filme desta vez?


Sim, o Celebi. O pokémon que deveria ser o foco da saga da Liga Johto acabou aparecendo antecipadamente no filme. Quanta inteligência!

Devido a isto, os produtores tomaram a tosca decisão de pegar todo o roteiro que eles haviam preparado sobre a pokébola GS e simplesmente descartá-lo (por isso a liga Johto teve tantos episódios inúteis e tanta enrolação) e fizeram Ash entregar a pokébola a Kurt para que você, o espectador simplesmente esquecesse dela com o passar do tempo.

Resumindo, esta história toda da pokébola GS não passou de um grande furo de roteiro do anime.

Posso ter estragado a infância de muita gente com isso, mas enfim, agora sabem a verdade. =p

Pokémon ainda é cheio de muitos outros mistérios aparentemente sem solução que não teria espaço para listar aqui.   =p

Quem sabe em outra oportunidade eu fale a respeito deles. Bom, é isso, gente.

Até a próxima. o/

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Hunter x Hunter - Anime Antigo ou Anime Recente?

Olá, pessoal. Acho que a periodicidade do blog vai ser a cada 2 dias (desta vez não deu por cuasa do natal). É melhor pra mim. E dá tempo de fazer algo mais decente em vez de escrever tudo às pressas. =P

Bom, desta vez vou fazer uma análise a respeito de Hunter x Hunter. Não uma análise sobre o conteúdo discutindo se é bom ou não (todos sabemos que Hunter x Hunter é muito bom =P).
Vim falar sobre a divergência de opiniões quanto às duas versões do anime, que vem dando muito o que falar.



Para quem não sabe, Hunter x Hunter é um mangá feito pelo mesmo autor de Yu Yu Hakusho, serializado desde 1998, ganhando um anime no ano seguinte, pelo estúdio Nippon Animation.

O autor, Yoshihiro Togashi, conhecido por suas constantes pausas devido a vários motivos (que a maioria dos leitores chuta que é apenas preguiça), tornou a periodicidade do mangá inconstante, fazendo com que em alguns casos tivéssemos que esperar mais de um ano por capítulos novos.

Por causa disso o anime acabou tendo que ser encerrado, porque nunca se sabia quando o mangá iria ou não continuar (o que acontece até hoje). E o anime bem que tentou enrolar o suficiente para isso, mas não deu. Depois de um tempo o mangá foi retomado e então algumas séries de OVAs foram lançadas para abranger as novas sagas, totalizando cerca de 96 episódios de anime (se não contei errado).



O anime cobriu até o final do arco Greed Island, conseguindo fazer com que tal momento parece mesmo com o final da história. Após isso, no mangá, começou a maior saga até então (e considerada por grande parte a melhor), a saga Chimera Ants (formigas quimera).

A periodicidade irregular do mangá continuou nesta fase e nada de anime novo por causa disso.

Eis que muitos anos depois, quando todos quase perdiam as esperanças de ver tal saga animada, o Estúdio Madhouse (Death Note, Sakura Card Captors, Kaiji) anunciou um remake do anime, previsto para o fim de 2011. A história seria recontada desde o começo.

Muita gente curtiu a ideia pelo fato de que há certas coisas ruins no anime antigo que poderiam ser melhoradas (como o ritmo lento e tal). Claro que alguns não gostaram pelo fato de ter de esperar dezenas de episódios para poder ver a saga Chimera Ants animada. Convenhamos, realmente não havia necessidade de um anime novo, foi sede de dinheiro da Madhouse. =P



Bom, até aí nenhum problema. A Madhouse é um estúdio bem competente, sempre caprichando na animação, trilha sonora, direção, etc. (como em Kaiji e Death Note). E de início o remake foi bem. De início.

O povo reclamou que o começo foi corrido, resumindo várias coisas e cortando partes relevantes do mangá  (como a aparição de Kaito). Isso para mim foi o de menos. O erro foi mais nos aspectos menos observados, como os detalhes da produção.

Não há o que reclamar da qualidade da animação. Como de praxe da Madhouse, está impecável na maior parte do tempo. Mas o resto é outra história.

O Anime de 1999 apresentava uma trilha sonora muito boa e memorável. Passando sempre uma forte emoção nas cenas certas. Ao contrário do remake, com trilhas genéricas e geralmente mal posicionadas (isso quando há trilha sonora, porque é comum passar muito tempo em que apenas o som ambiente é ouvido). Com o decorrer do tempo o remake melhora neste aspecto, mas não chega perto de seu predecessor. Um bom exemplo (dentre vários outros) é comparar as cenas finais da luta do Gon na etapa final do exame Hunter, em como a trilha sonora em ambos os animes faz grande diferença na emoção passada.



A direção também é um detalhe gritante. É até covardia falar disso, pois a direção do anime antigo era profissional, conseguindo passar o melhor de cada cena dar um aspecto mais realista, o que deixava a coisa mais impactante e mais facilmente digerível por nós. Hunter x Hunter é uma história séria e adulta, apesar do gênero shounen (podemos citar Fullmetal Alchemist como exemplo também). Portanto, exige uma direção que passe o clima sério que a história pede. O diretor Kazuhiro Furuhashi era competentíssimo nisto.

Em contrapartida, o trabalho do diretor Hiroshi Koujina na versão de 2011 beira o amadorismo, ou preguiça, pois a direção é muito básica, raramente conseguindo passar a emoção que a cena pede ou passa o clima de que o anime necessita. Ele varia pouco nos ângulos e há pouca criatividade. Ele acerta em certos momentos, mas no geral não. Geralmente as melhores partes são as cenas de ação, é onde o anime se sai melhor. Lá pela saga de York Shin a direção melhora, ficando um pouco mais agradável de acompanhar. Mas ainda poderia ser melhor.



Se você acha que a direção não faz grande diferença num anime, pense em Death Note e em Guilty Crown. A direção de ambos é muito boa. Death Note já era bom e ficou melhor. E Guilty Crown, bom, eu não vi muitos episódios, mas até onde assisti, o enredo não era grande coisa, mas a direção fazia o anime empolgar mesmo assim. Como curiosidade, ambas possuem o mesmo diretor, Tetsuro Araki.

Há também a infantilização da série. Começando pelo visual, que ficou muito "Pokémon", com fores fortes e berrantes (em TUDO), e com pouca variação. Parece que só há cores frias, como azul, roxo, lilás, etc. Eu poderia falar do character design também, que no anime original era mais realista, mas acho que isso já é ser chato. Continuando com a infantilização temos os cortes. E não, não falo da falta de sangue em certos momentos ou coisa assim. Ao contrário do que muitos pensam, a presença de sangue não determina que o anime é mais adulto ou mais sério. Por exemplo, no anime antigo em várias partes houve pequenas censuras nas cenas mais pesadas e em vários momentos houve ausência de sangue, porém, devido à direção competente, toda a seriedade das cenas conseguia ser passada sem apelar para o fetiche do sangue, coisa que o novo anime não faz.


(À esquerda o anime de 1999. À direita o anime de 2011)

Há muitos modos de fazer uma cena ficar impactante sem utilizar nada explícito.

Bom, mas há pontos positivos no anime novo. Por exemplo, Hunter x Hunter não é tão simples, é cheio de regras, termos, explicações expositivas e tal. O antigo anime não tinha um bom sistema para deixar tudo isso mais palatável ao expectador, ficando muitas vezes confuso e deixando a pessoa perdida. Já o novo anime tem um esquema claro, simples e didático, facilitando o entendimento de tudo. O novo anime também seguiu mais fielmente o mangá, principalmente na fase da torre celestial, mostrando toda a luta de Hisoka e Kastro, cortada no anime anterior (imagino que devido a ter muitas cenas fortes). Pena que a direção atual infantilizou a luta

Outro aspecto positivo do anime da Madhouse é o ritmo maís rápido e ágil, deixando a coisa mais dinâmica.




Claro que nem sempre essa agilidade toda é boa. Tem gente que reclama que o anime antigo enrolava muito, mas mesmo assim tais enrolações era bem feitas e até acrescentavam alguns aspectos à trama, como uma exploração maior da interação entre os personagens secundários e a exposição de suas personalidades, como na primeira saga, no exame Hunter.

Mesmo eu tendo falado que o primeiro anime era mais sério e tal e isso era bom, tenho algo a reclamar sobre isso também. Lá pela saga da torre celestial e York Shin (na minha opinião pessoal) houve partes que ficou tudo muito sério demais, ficando muito adulto e perdendo um pouco o clima mais ameno e descontraído que passava no começo, por exemplo (acho que deveria ter um equilíbrio). Isto pra mim foi desagradável de ver e me fez sentir a impressão de que estava faltando algo. No mangá em momento nenhum senti isso e achei estas passagens bem melhores nele. Novamente falo que isso é a minha opinião baseada em meus gostos pessoais.




Enfim, no geral  considero o anime de 1999 melhor, mas tem os seus defeitos. E o anime de 2011 não é nada de mais, mas tem seus momentos bons.

Se fosse para recomendar a alguém, eu recomendaria a versão de 1999.

Esta foi minha análise sobre ambas as versões animadas do mangá Hunter x Hunter. Talvez esta postagem seja muito polêmica e gere ameaças de morte. =p

Bom, sintam-se livres para expor suas opiniões e análises nos comentários.

Até a próxima. o/

sábado, 22 de dezembro de 2012

Clichê - Bom ou ruim?

Olá pessoal. Há quanto tempo! :D

Primeiramente peço desculpas pela pausa nas atualizações por quase um mês. =p

Vou tentar ser menos vadio e trazer coisas para vocês com mais regularidade.

Enfim, chega de papo e vamos ao que interessa.

Como o título da postagem sugere, hoje falarei sobre clichês. E o que é isso?

Clichê é definido como uma ideia relativa a algo que se repete com tanta frequência que já se tornou previsível dentro daquele contexto. Ou seja, é usado para designar tudo aquilo que se repete várias vezes, geralmente por falta de criatividade (ou não). Pode ser apenas uma frase, uma cena de um filme ou uma estrutura inteira de uma história. Por exemplo, o mordomo ser sempre o culpado, o vilão ser o pai do protagonista, o bem sempre vencer no final.

Estou aqui para falar mais na questão de roteiros. Todo mundo aqui com certeza já viu algum filme, mangá, anime, livro com características bem semelhantes a outros. Os clichês são fórmulas prontas a que o público já está acostumado e são facilmente digeridos. Daí o motivo para o uso deles.

Afinal, é mais fácil pegar alguma obra que já existe e copiá-la, ainda mais se for algo de sucesso. Afinal, ser original exige esforço e coragem.

Mas afinal, clichês são coisas ruins?

A resposta é: depende.

Depende da forma como você o utiliza. Você pode fazer um filme cheio de clichês, mas se forem bem utilizados, ele até fica bom.

Por exemplo, o filme AVATAR. A estrutura da história é totalmente genérica. Eu, pelo menos, já sabia o que ia acontecer, como ia acabar, etc. Sem falar que é praticamente uma versão extraterrestre de Pocahontas. Mas ainda assim é um filme interessante pelos outros detalhes fora da estrutura principal do roteiro.




Se for utilizar, faça de um modo que apenas use a ideia básica, e tente fazer algo parcialmente diferente em cima disto. Ou, se quiser ser mais original, pegue o clichê e tente fazer o oposto. Isso poderá deixar a história imprevisível.

Um exemplo disso é o mangá Hunter x Hunter, que costuma fazer o oposto do que um anime shounen genérico faria em vários momentos. Tanto que o herói praticamente nunca enfrenta o vilão final de uma saga (só uma vez, que eu me lembre). O mangá até muda de protagonista em determinado ponto da história. Você nunca sabe como será o final de um arco. Fazendo o contrário do que o clichê faria o autor consegue surpreender.




O mangá Death Note também se sobressaiu porque buscou por conflitos intelectuais em vez de físicos. Por causa disto chamou muita atenção e ficou bem famoso. Também por trazer um protagonista que ao mesmo tempo é o "vilão" da trama.




Mas cuidado, não é só por ser diferente que vai ser bom. É preciso sabedoria para apresentar a ideia da melhor forma possível, ainda seguindo as regras de construção de um roteiro e tal.

Enfim, bom, vou deixar para vocês alguns exemplos de clichês bem conhecidos. Você com certeza reconhecerá todos eles:


Clichês de Mangá Shounen

O protagonista é ingênuo (idiota), come muito, tem forte senso de amizade, justiça e tem um poder oculto. E geralmente é orfão.

- Ele quer ser o melhor “alguma-coisa-do-mundo-em-que-ele-vive”.


- Uma menina (ou mais) é a fim dele, mas ela tem vergonha demais para se declarar e ele nunca percebe nada.


Os amigos são feitos na base da porrada.



- A maioria das mulheres nos animes shonen possuem belos pares de peitos. Bem grandes!
- Alguns personagens são tarados e não dão sorte com mulheres!
- Os personagens possuem algum tipo de energia vital.
Ele é o único que pode salvar o mundo e é sempre o último a enfrentar o vilão.
- Derrotou um vilão, vem outro mais forte, e assim por diante.



Clichês de mangá shoujo:


- A história começa com a protagonista saindo de casa atrasada para a aula.

- Algum “acidente de percurso” forçará a garota e o garoto a conviverem um com o outro

- O garoto é incrivelmente talentoso nos esposrtes e nos estudos.

- Aparecerá um amigo de infância da protagonista que compete pelo amor dela com o mocinho.

- A protagonista é distraída, ingênua, e tem pouco peito.

- A protagonista tira notas ruins nas provas e o garoto tem que ajudá-la com os estudos

- O primeiro beijo da protagonista é roubado (normalmente pelo garoto que ela não suporta)

- A protagonista é alvo de chacota de todos na escola, mas o único que vai contra esse bullying é o garoto

- O garoto mais popular da escola se apaixona pela protagonista e, em algum momento, as outras garotas que são apaixonadas por ele irão ameaçar a protagonista

- A protagonista vê o garoto sendo gentil com um animal abandonado/machucado (normalmente debaixo de chuva forte)

- SEMPRE há uma viagem à praia ou às fontes termais

- Dia dos Namorados e o drama de fazer um chocolate para o garoto


Clichês das novelas:

Toda cartomante de novela é certeira nas previsões. 

- Sempre termina com um casamento.


- No final há tiroteios e perseguições. Todo mundo saca arma do nada.


- Há uma mãe megera que odeia a mocinha porque ela é pobre e não quer que o filho se case com ela.


- Há uma rival da mocinha pelo amor do mocinho e geralmente finge estar grávida dele.


- A mocinha tem uma vida sofrida, mas vive sorrindo.


- No último capítulo tudo é revelado e tudo dá certo.


- O vilão morre, é preso ou enlouquece.


- Os personagens nunca pegam ônibus lotado.


- Metade do elenco trabalha na empresa da família.


- "Quem matou fulano?"



Clichês em filmes:


- O personagem entra na sala escura perguntando se tem alguém ali.


- O vilão perde tempo explicando todo o plano ao mocinho antes de puxar o gatilho.


- Dar carona a estranhos suspeitos sozinhos na estrada é normal.


- Em filmes de terror: quem faz sexo morre; o idiota morre; os personagens se separam; nunca se certificam de que o assassino está morto mesmo; numa fuga do assassino o carro não liga; As pessoas nunca deixam a casa, mesmo quando o perigo torna-se óbvio.


- Balas infinitas.


- De 100 balas que o vilão atira, 1 pega no mocinho de raspão.


Em todas as investigações policiais será necessário ir pelo menos uma vez a um local de strip-tease.


Um detetive só consegue resolver um caso se tiver sido suspenso do serviço.




É isso por enquanto, pessoal o/


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Como Criar Uma História

Olá povo.

Desta vez não tenho desculpas para meu sumiço. Simplesmente esqueci do blog. =_=

Bom, vamos ao que interessa.

Eu percebi que tem muita gente que até sabe desenhar bem, mas na hora de escrever um roteiro, criar uma história, não dá muito certo. A pessoa encontra dificuldades.

Resolvi dar algumas dicas para tentar ajudar.

Primeiro, darei dicas baseadas em experiências próprias. Vamos lá.


Sobre o que?





Uma das maiores indecisões que vejo nas pessoas que tentam criar uma trama é "sobre o que vai ser a minha história"?

Eu mesmo já passei po esta fase, então sei como é complicado decidir, pois são muitas opções e sempre queremos fazer algo que chame atenção, que seja bom e, se possível, algo diferente.

Devo falar sobre vampiros? Sobre a Alemanha nazista? Sobre futebol? Sobre um mundo futurista? Sobre romances policiais? Enfim, as possibilidades são infinitas.

Uma dica que eu dou é deixar esta decisão POR ÚLTIMO.

Vou explicar. Para você conseguir dar o seu melhor na história, você deve colocar nela coisas que VOCÊ GOSTA. Se concentre nisto primeiro.

Uma dica é, quando ver um filme, um mangá, uma HQ, uma série, etc, anote os elementos que lhe chamaram a atenção e você gostou. Não se limite só a mangás, ou só a filmes. quanto mais variadas as suas fontes, mais diversificados serão os elementos que poderá incorporar em sua história, deixando-a mais rica.

Leia livros, até letras de música pode ser boas fontes. Então anote elementos que você gostou em cada uma destas fontes. Anote tudo que gostar realmente, sério, isso vai facilitar muito sua vida depois.

Pois se você anotar os elementos (muitas vezes bem diferentes uns dos outros), já é meio caminho andado. O que terá de fazer a seguir é CONECTÁ-LOS e RELACIONÁ-LOS. Tipo, como o elemento A teria a ver com o elemento B? Ou Para o elemento X acontecer, tem que acontecer o elemento T primeiro. Com esses pensamentos, sua história vai começar a tomar forma. Comece sempre pensando o que VOCÊ QUER que apareça na sua história e trabalhe em cima de tal coisa para preencher o que falta.

Com todos esses elementos anotados, e seus pensamentos para conectá-los, será mais fácil decidir sobre o que será a história.

Uma dica também é pensar naquele filme, mangá, livro, etc que você achou ruim e imaginar como teria ficado melhor na sua opinião. E anote seu pensamento e use-o na sua história se possível.


Personagens


A dica para criar personagens mais originais e fugir um pouco do clichê é simplesmente observar as pessoas à sua volta e reparar e anotar as características delas que lhe chama a atenção. Seja manias, defeitos, pensamentos, opiniões, características físicas, etc. Tudo vale.

Ao usar tais características em seus personagens, deixa-os mais diversificados e mais humanos,tornando mais fácil de o público se identificar com eles.

Todo personagem quer alguma coisa, um objetivo próprio.  bom é fazer personagens sempre com objetivos diferentes, isto deixa a história mais interessante.

Outra dica para deixá-los mais humanos é se fazer perguntas sobre eles. Tipo: O que esse personagem quer? Por que ele quer? O que o levou a querer?

Quanto mais perguntas com repostas, mais profundo ele se torna. Porque pessoas não possuem apenas uma característica. Somos seres complicados, com várias coisas que nos compõem.


Estrutura

Lembre-se, uma história é sempre dividida em três atos: começo, meio e fim.

Neste link encontrei uma apresentação muito bacana dos elementos de cada ato e com boas dicas. É o seguinte:


Esquema da Estrutura dos Atos

ATO I (30%)
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Mundo Ordinário e/ou Gancho (Hook)
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O Incidente - Distúrbio (Inciting Incident) e/ou Gancho (Hook)
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Estabelecer situação e conflito
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Primeiro Ponto de Transição (Plot Point)
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ATO II (55%)
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Desenvolver e complicar a situação
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Ponto Central (Midpoint - opcional)
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Desenvolver e complicar a situação
preparando para o Clímax
|
Segundo Ponto de Transição (Plot Point)
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ATO III (15%)
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Eventos iminentes que levam ao Clímax
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Clímax - Impacto Visual Destacado
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Epílogo (Denouement) ou Cliffhanger (Gancho para a continuação)

O Ato I





É o Ato introdutório, que não deve durar mais do que 30% da história (às vezes bem menos), senão corre o risco da audiência perder o interesse na obra devido à falta de um conflito central bem definido.

O introduzir do Ato I pode ser marcado pela descrição do Mundo Ordinário do personagem principal. No início de sua história, você começa descrevendo o personagem em seu mundo comum, na sua vida cotidiana. O que ele geralmente faz no dia-a-dia.  E é nesse lugar que ele vai ficar a não ser que algo faça ele mudar. Então bem cedo no Ato I, algo tem que perturbar (algum incidente) oStatus Quo (a situação estática). Alguma coisa sempre tem que estar acontecendo, alguma ameaça ou conflito para o personagem, senão o leitor/escpectador ficará entediado.

Se você não quiser começar a história com o Mundo Ordinário do personagem, comece-a utilizando um Gancho (Hook). O Gancho é algo que aparece no início da obra e faz a história se mover (sempre mova a história) e prende o leitor a continuar assistindo ou lendo. Por exemplo, um assassinato misterioso pode ser o Gancho inicial de uma história, e só depois é que seremos apresentados ao personagem principal e ao seu mundo cotidiano. Geralmente, o Gancho deve vir o mais rápido possível, para manter a audiência atenta. Outro Gancho interessante é começar a obra com uma imagem tão impactante que prenda a atenção de todos.

O personagem deve ter sempre um objetivo na história. E o que o faz inicialmente ir atrás desse objetivo é um Incidente (Inciting Incident), um Distúrbio que acontece em sua vida que o obriga a agir. O Incidente é evento que faz o personagem principal reagir e ir atrás de seus desejos. Uma ligação no meio da noite, um rapto, um chamado. O distúrbio não precisa ser algo grandioso e impactante. Pode ser sutil como uma campainha sendo tocada. Ele cria um interesse para a audiência, prometendo um desenvolvimento interessante no futuro. O Gancho, se não tiver sido utilizado anteriormente, pode ser incorporado junto com o Incidente. Podemos inclusive começar a história com um Incidente junto com o Gancho, se optarmos por não retratar o Mundo Ordinário. Muitas vezes, em seriados e revistas sequenciadas, não há a necessidade constante de expormos o Mundo Ordinário do personagem, pois este já é bem conhecido. Logo, é mais comum este tipo de história se iniciar já com o Incidente junto do Gancho.

O Ato I estará perto do fim quando o escritor já estiver situado sua audiência na obra. Quando os leitores/espectadores souberem quem é o personagem principal, onde ele está, o que ele quer e contra quais obstáculos ele irá lutar, será o momento de transição para o Ato II. Esse Primeiro Ponto de Transição deve marcar a passagem do personagem de seu Mundo Ordinário para um novo mundo, desconhecido e permeado por mudanças. O ideal é agora não haver chance de retorno do protagonista para sua antiga vida, ou seja, uma linha divisória foi cruzada. É comum esse Ponto de Transição vir acompanhado de uma cena ou imagem impactante (impacto visual destacado).


O Ato II



Provavelmente, a escrita do Ato II seja a tarefa mais complicada de se fazer em uma obra. Correspondendo
a praticamente mais da metade de uma história, o Ato II deve ser construído de maneira que mantenha o interesse da audiência e prepare terreno para o grande final. Não é tarefa fácil.

O escritor deve começar a intensificar e desenvolver os obstáculos enfrentados pelo protagonista. Deixe-o com muitos problemas. Você deve tentar convencer a audiência de que o personagem principal está em apuros e não vai conseguir o seu objetivo. Escreva cenas que estiquem a tensão, aumente o que está em disputa e mantenha os leitores/espectadores preocupados, caminhando em direção ao Ato III de forma inevitável. É o princípio da Ação Crescente (Rising Action), ou seja, a cada cena, o enredo vai  tornando-se mais intenso, a ação maior, cada perigo mais ameaçador, cada dificuldade mais complicada, tudo mais complicado do que veio anteriormente. Lembre-se que ação nem sempre significa luta física.

Outra maneira de desenvolver o Ato II é trabalhar com Subenredos (Subplots), dando mais destaque para personagens secundários e suas relações entre si e com o personagem principal. Os Subenredos mostram outros lados da vida do protagonista, e também são utilizados para construir maior credibilidade para o mundo ficcional retratado pelo autor, dando uma dimensão de variedade e às vezes desvinculando um pouco a história do seu objetivo principal, fornecendo fôlego para a audiência. Esses Subenredos devem ser tratados da mesma maneira que o enredo principal, sempre caminhando em direção a uma conclusão. Não caia no erro de, por exemplo, iniciar um Subenredo de romance e no final da obra não conclui-lo. Só não esqueça que em algumas ocasiões, o ideal não é acrescentar personagens e subenredos, e sim retirar.

Muitas obras acrescentam no Ato II uma nova reviravolta chamada de Midpoint (Ponto Central), fazendo com que basicamente a estrutura tenha 4 atos, acelerando e intensificando os conflitos. É como se fosse o ponto central do Ato II.

Quando o escritor desenvolver as situações e complicações, e houver preparado o caminho para o final, chega-se ao fim do Ato  II. É hora do Segundo Ponto de Transição, que é o caminho sem volta para o Clímax. Novamente, o Ponto de Transição pode ser marcado com uma cena ou imagem impactante (impacto visual destacado). É bom salientarmos que o enredo pode ter inúmeros Pontos de Transição, ou seja, pontos de mudança na história. Porém, de todos esses pontos, o ideal é apenas dois terem grande destaque.


Ato III





O início do Ato III é literalmente o início do fim. O protagonista começa a decidir o seu principal problema.  É sempre interessante fazer uma cena final de confronto, chamada de Clímax. Deve ser algo grandioso para o personagem, o momento de definição. A luta contra um inimigo mortal ou a simples resposta da pessoa amada. O Clímax deve ser recheado de suspense e tensões.

O Ato III deve ser curto, no máximo 15% da obra, e no fim praticamente todos os conflitos mostrados na história devem alcançar um desfecho, mesmo que seja um desfecho misterioso ou aberto, mas que deve ser pelo menos sugerido. Nunca deixe a audiência na dúvida sobre exatamente como ou porque algo aconteceu (a não ser que seja sua intenção).

Após o Clímax, muitas histórias acabam com um Epílogo(Denouement), uma cena breve que lentamente desliga a audiência do mundo ficcional. O Epílogo pode ser também utilizado para responder algumas questões deixadas pra trás, destacar as mudanças realizadas nos personagens (arcos dos personagens), ou indicar o que acontecerá com eles depois. Mas seja sempre breve. Um dos erros mais incômodos é quando o escritor prolonga o epílogo além do necessário, arrastando a obra por minutos aparentemente intermináveis.

Quando uma história não se encerra totalmente com o Ato III, como no caso de algumas histórias em quadrinhos e séries continuadas, o escritor tem a opção de deixar um Gancho no final para atiçar a curiosidade da audiência e fazer com que ela assista a sequência. Esse Gancho final é chamado tecnicamente deCliffhanger. Um dos exemplos mais conhecidos de Cliffhanger no cinema é o final do primeiro De Volta para o Futuro, que já deixa o caminho aberto para uma continuação.



Duração

Comece sempre com ideias curtas. Não pense em fazer de cara uma história de 300 capítulos. Primeiro pense num argumento simples. E tente resumir a história em poucos parágrafos. Histórias curtas são boas para você fazer testes e ver o que funciona ou não. se quiser fazer algo longo vá aos poucos criando histórias se duração maior. Mas se foque primeiro em coisas curtas.

E mesmo em histórias longas, deve-se começar com argumentos breves, pois os detalhes que a farão longa serão acrescentados e desenvolvidos aos poucos.


Dicas de profissionais




Acho que todo mundo aqui conhece os filmes da Pixar. Bom, é inegável que as histórias deles são tocantes e divertidas, agradando a todas as idades. E qual é o segredo? Como conseguem esta façanha?

Clicando neste link você poderá conferir as 22 regras da Pixar para criar uma história cativante. São dicas muito boas a serem estudadas.


Concluindo

Bom, é isso. Lembrando que mesmo com todas estas dicas, o que vale mesmo e determinará se sua história será boa ou não é o seu esforço e empenho para fazê-la. E escreva bastante, nada de esperar bater a inspiração (vulgo preguiça).

Então, mãos à obra e boa sorte a todos :)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Final Verdadeiro de Caverna do Dragão

É só uma curiosidade, porque eu estava falando recentemente com uma amiga sobre o final de Caverna do Dragão e descobri que ela ainda não conhecia o final, nenhuma das duas versões.



Então resolvi trazer aqui para o povo que sempre quis saber, mas nunca procurou.

E já vou avisando a alguns, NÃO, não é o final que rolou pela net de que eles estavam mortos e estavam no inferno e o Mestre dos Magos e o Vingador seriam as duas faces do diabo. Este final é INVENTADO. O verdadeiro é outro.

O desenho nunca teve o final animado porque foi subitamente cancelado. O final verdadeiro só existe em roteiro, escrito.

Mas há um vídeo no youtube que pega o roteiro deste último episódio e faz montagens com cenas correspondentes do desenho. O resultado é bem legal.

Quem quiser conferir o vídeo do verdadeiro final é só clicar AQUI ou ver diretamente no blog, a seguir:



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EDIT

Ooooou você também pode ver isso:



Acabei de descobrir que tem versão em quadrinhos também. Podes er lida no link a seguir:

http://pt.scribd.com/doc/49118525/Final-Caverna-do-Dragao-ReinaldoRocha#

Boa leitura :)

Notícial velha: Crunchyroll no Brasil

Oi, povo.

Pra quem notou que não teve postagem nos últimos dias,  peço desculpas, a gripe me derrubou e também teve o feriado. =p

Mas hoje tô melhor! Vivas! xD

Hoje eu eu vou falar de algo que eu nem deveria falar, na verdade, porque foi um assunto muito comentando em sites, blogs,fóruns,redes sociais, etc. Mas,acreditem, tem muita gente ainda que não faz ideia de tudo isso, por este motivo vou tratar de tal assunto no blog.

Estou falando da achegada do Crunchyroll ao Brasil.





"Chun... o quê?!", podem exclamar os desavisados.



Bom, além de ser um tipo de sushi (que explica a logomarca), Crunchyroll é algo que posso resumir em poucas palavras. Pense num "youtube" só de animes e pronto. É basicamente isso.

No site há vários animes disponíveis devidamente legendados em português que podem ser assistidos online. O diferencial é que são animes licenciados, não tem nada de pirataria. Tal sistema já existia faz tempo nos EUA e a partir deste mês está funcionando aqui também.

Outro ponto interessante é que o episódio da semana de um anime pode ser conferido no mesmo dia em que ele é lançado no Japão, ocorrendo uma transmissão simultânea.

Há opções de diferentes qualidades de vídeo, o que facilita a vida de quem não tem uma internet muito rápida (eu). E também há uma conta premium com mais vantagens (as quais não sei exatamente quais).

Houve um grande discussão nas redes sociais porque como várias séries foram licenciadas aqui pelo Crunchyroll, tornou crime a prática de legendá-las e distribuí-las. Portanto vários fansubbers cancelaram tais séries e não as lançam mais (sinceramente, eu nem ligo '-').

Mas, enfim, o Crunchyroll é uma ótima novidade para se ver animes online com uma legenda de qualidade. Gostei das adaptações deles. Achei bem melhor do que as legendas de fansubbers que traduzem tudo literalmente e tal.u.u

Bom, chega de papo. Eis o site para vocês (crunchyroll). Boa diversão.

Ah, caso queiram saber por que há séries com vários episódios faltando, é porque eles não podem lançar muitos episódios de uma vez por questão de contrato (sei lá como isso funciona). Mas aos poucos tudo será adicionado.

E é isso. Até a próxima.






segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Aos otakus - como melhorar seu senso crítico

Gente, to um pouco pior da gripe, então a postagem hoje é curtinha. =_=

É notável que grande parte dos fãs de anime e mangá e otakus não possuem um grande senso crítico. Geralmente vêem um anime (mesmo que seja ruim) e dizem "bem legal :)".

Eu já cansei de ouvir que Naruto é o melhor anime do mundo (por favor, né? ¬¬).

E acho que isso é resultado de falta de uma leitura mais diversificada. Ou falta de leituras de críticas de animes e mangás.

E é justamente isso que venho trazer a vocês. :)

Tenho aqui várias recomendações de sites que avaliam e criticam vários animes e mangás. São todos muito bons. Não quer dizer que as críticas são absolutas e 100% certas, mas são ótimas para pelo menos abrir a cabeça dos otakus para novas possibilidades. :)

Os sites são :

ANIMEHAUS

Video Quest

Elfen Lied Brasil

Chuva de Nanquim

Troca Equivalente

Acho que tem mais sites, mas a gripe e o sono conspiram novamente contra mim =_=

Divirtam-se dando uma olhada.

Até a próxima.

domingo, 11 de novembro de 2012

Os preconceitos dos "otakus"

Tô meio gripado e ocupado com os desenhos, então não deu para preparar uma grande postagem sobre algo incrível. =_=

Então resolvi falar um pouco de uma opinião pessoal (enfatizem o OPINIÃO PESSOAL) minha. A respeito de preconceito. 

Não, não é preconceito contra negros, asiáticos, deficientes físicos, pobres, gays ou sei lá o quê. É algo mais sutil, mas igualmente irracional na minha opinião.





Estou falando do preconceito com relação aos otakus. Mas não CONTRA os otakus, e sim preconceito que OS OTAKUS têm contra várias coisas.


Definições

Bom, para começar, caso você não saiba o que é OTAKU, vou lhe dar a definição mais usada. Otaku é o indivíduo que curte animes e mangás. Certo? ERRADO!

A palavra otaku no Japão é usada para definir alguém que é fã de maneira obsessiva  de um determinado assunto/hobby (não somente mangá e anime). É um termo usado até de maneira pejorativa, como  "nerd" nos EUA.

Mas aqui no Brasil o cara até estufa o peito cheio de orgulho e compete pra provar que é mais otaku que os outros.



Aí a pessoa não sabe a real definição de otaku no país que admira e fica chiando quando usam o termo "otome" como feminino de otaku, só porque tecnicamente não está correto (sendo que a própria definição usada pra otaku aqui está incorreta).

Só para constar, otome é  uma expressão japonesa que significa donzela, virgem ou senhorita (garota comportada e educada). Há uma rua em Toquio que se chama "Otome Road". Nesta rua se concretizou a formação de uma grupo de mulheres otakus que fazem suas compras e vão enfeitadas. E esse numero de frequentadoras sobe cada dia mais.

O termo "Otome" é apenas referencia a essa rua, e também porque a maioria esmagadora dos consumidores de lá são mulheres.




Então está errado definir uma menina fã de mangá como otome? Não. Porque o próprio sentido de otaku aqui foi inventado, então não há um "regulamento" que diga que otome não está valendo.

E os "requisitos" necessários para alguém ser considerado otaku aqui variam muito. Uns dizem que basta a pessoa ler mangá ou anime. Outros dizem que a pessoa tem que dedicar sua vida a isso, tipo, ler zilhões de mangás, sem parar, assistir doramas, tokusatsus, frequentar eventos de anime, fazer cosplay, falar palavras em japonês, etc.

Já deu para entender, né? A coisa funciona do seguinte modo... alguém cria regras e definições com relação a otaku. Aí algum grupo de pessoas que concorda com os termos se junta ao movimento.

Mas se alguém discorda, cria outras regras e definições com outro grupo que concorda com ele. E assim por diante. Tudo sendo divido em vários grupos criando suas próprias definições.



Posers

É aí que surge um preconceito, não só de otakus (mas também exercido por eles), contra os chamados posers.



Para os desinformados que não sabem o que é poser, vou tentar resumir:

Poser é tipo um cara que curte animes (ou não, pode ser filmes, música, livros, etc) só por serem moda, ou só porque tem leve interesse. E  justamente por ter um conhecimento superficial acerca do assunto em questão, tal pessoa comete algumas gafes, como pronunciar errado o nome de um personagem, ou não saber os mínimos detalhes de uma obra, etc.

Por isso os otakus  costumam ter ódio dos "posers", que geralmente são pessoas que leram poucos mangás ou só vêem animes que passam nas nossas televisões, ou seja, versões "não originais". E se algum "poser" fala algo errado sobre o anime em questão, os otakus se contorcem.

Engraçado como hoje em dia a pessoa não pode apreciar nada de nenhum assunto, se ela não devotar sua vida a tal coisa, é poser. Não se pode ser fã, tem que ser viciado. Eu acho essa questão um idiotice, ainda mais porque TODOS os otakus, antes de serem otakus, começaram como "POSERS". Santa hipocrisia.



Eu sou fã de animes, não me considero otaku (pois, como falei, aqui não há nenhum livro de regulamentos e blá, blá, blá dizendo o que é ou não otaku) e quando algum "poser" diz algo "errado" eu acho engraçado e levo numa boa, não fico odiando mortalmente o cara. ¬¬

O que tem de mais se o cara gosta de tal anime que passa na TV ou só leu poucos mangás? deixa ele, ora. A vida é dele e ele lê ou faz o que quiser. Não tem porque declarar abertamente "morte aos posers!" como já vi bastante por aí.

Enfim, você curte animes e mangás e quer ser chamado de otaku? Faça como preferir, não tem como dizerem se você está certo ou não. É uma opção de cada um.



Pronúcia Correta

Outra, na minha opinião, grande besteira motivo de chiadeira por parte dos otakus, devido à pronúncia "incorreta" de termos ou nome de anime.

Tipo, já ouvi muita gente falando "não é SaKÚra", é "SÁkura".

Outro indício que o cara não pesquisa a fundo antes de falar as coisas. No japonês, as sílabas das palavras tem todas a MESMA ENTONAÇÃO. Não há uma sílaba pronunciada com mais intensidade que outra. NÃO HÁ forma correta de pronúncia de sílaba tônica em "Sakura".

Há ainda mais argumentos contra isso, mas como a postagem está longa, vou apenas deixar um vídeo que mostra quais são:




Termos genéricos

Já presenciei várias situações em que alguém está lendo mangá quando surge outra pessoa e pergunta: "ei, que história em quadrinhos é essa que você tá lendo?". Este é o momento é que o primeiro responde exaltado "ISSO NÃO É HISTÓRIA EM QUADRINHOS! É MANGÁ!".

Otakus odeiam que usem termos genéricos para definir temos do mundo otaku.

Vamos a um exemplo:


Vamos deixar, claro, história em quadrinhos é tudo aquilo que, por meio de quadros, forma uma sequência narrativa e conta uma história.

Ou seja, Mangá É história em quadrinhos. É apenas um dos diversos tipos de histórias em quadrinhos existentes. Cada região do globo tem sua própria maneira de se referir a quadrinhos, pois cada um tem características próprias e únicas.

Assim como mangá=história em quadrinhos, cosplay=fantasia, anime=desenho animado.


Produções de outros países (quadrinhos, desenhos, etc)

Muitos otakus tem preconceito contra coisas que são de outros países. Tipo, não lêem quadrinhos americanos porque julgam mangás sempre melhores. O mesmo com relação a animes e os desenhos americanos (ou de outras nações). Simplesmente por não terem sido feitos no Japão.

Então não tem interesse algum e ainda falam mal. Por causa desse descaso, acabam se limitando e perdendo a chance de ter uma leitura mais variada e rica e adquirir conhecimento mais diversificado.

Curiosamente, muitos otakus deste tipo são fãs de certas produções estrangeiras com cara de mangá (e melhores que muitos mangás por aí), como é o caso do desenho Avatar - A Lenda de Aang, provando que que algo não precisa ser feito no Japão para ser bom.



Não vou me estender ainda mais, porque o sono e a gripe já estão me vencendo. Se eu falei alguma coisa errada, me corrijam =_=

Mas, enfim, volto a reforçar que isto é uma opinião pessoal minha, sobre um CERTO TIPO de "otakus", NÃO DE TODOS OS "OTAKUS".

Nem sei se "preconceito" foi a melhor palavra a ser utilizada, mas foi a que me veio à cabeça.

E como expus minha opinião, também podem expôr as suas nos comentários.

Até a próxima.